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Conclave: como será o processo para escolher o sucessor de Francisco
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Conclave: como será o processo para escolher o sucessor de Francisco
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O papa Francisco saudando fieis na Plaza de San Pedro, no Vaticano, após ser eleito o novo pontífice, em 2013 (Foto: EFE/VALDRIN XHEMAJ)
Após a morte, os ritos funerários e o sepultamento de Francisco, o Colégio dos Cardeais realizará o processo para a escolha de um novo papa: o Conclave.
O termo vem do latim cum clave (“com chave”), indicando que os cardeais ficam “trancados” e só podem deixar o Vaticano quando um novo pontífice for escolhido.
A votação ocorre na Capela Sistina, que recebeu o Conclave pela primeira vez em 1492 e desde 1878 é a sede fixa do processo.
O processo normalmente tem início 15 dias após a morte do papa, mas esse prazo pode ser estendido para até 20 dias para permitir a chegada de cardeais à Cidade do Vaticano.
A abertura do Conclave é marcada por uma grande cerimônia na Basílica de São Pedro, onde ocorre a missa “Pro Eligendo Pontifice” (“Missa pela Eleição do Papa”). Depois da solenidade, os cardeais devem fazer o juramento das normas do Conclave, convocado pelo camerlengo – atualmente o cardeal irlandês Kevin Joseph Farrell – e decidem se realizam ou não uma primeira votação.
Assim que chegam à capela e se acomodam em lugares pré-determinados, os cardeais recebem a ordem “Extra omnes” (todos fora) e as portas da Capela Sistina são fechadas.
De início, alguns cardeais são escolhidos para auxiliar no processo do Conclave como escrutinadores, revisores ou enfermeiros (infirmariis), por meio de sorteio. Ao todo, são realizadas três rodadas para determinar essas funções: na primeira, são escolhidos os três escrutinadores, na segunda os três revisores e na terceira e última rodada os três infirmariis ou enfermeiros.
Os escrutinadores são responsáveis por contar os votos e queimar as cédulas ao fim de cada votação; os revisores acompanham o trabalho dos escrutinadores e verificam a precisão da contagem das cédulas; enquanto os enfermeiros (infirmariis) coletam os votos dos cardeais que estão enfermos durante o Conclave e, por isso, não conseguem ir à Capela Sistina.
A partir do segundo dia, os cardeais participam de até quatro rodadas de votação por dia, sendo duas na parte da manhã e duas na parte da tarde.
Cada cardeal eleitor recebe folhas de papel para a votação. Uma delas é a cédula, que vem acompanhada do escrito “Eligo in Summum Pontificem” (“Elejo como sumo pontífice”), onde deve ser escrito o nome do candidato de cada cardeal. Não é permitido o voto em si mesmo no Conclave.
A cédula é dobrada ao meio e o cardeal caminha até o altar, onde o voto é depositado em uma bandeja de prata e despejado em uma urna, posteriormente.
Um segundo papel é entregue com os nomes de todos os cardeais votantes. Ele auxilia na contagem dos votos pelos três escrutinadores.
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