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Como nasce um garimpo gerenciado pelo crime organizado no meio da selva
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Como nasce um garimpo gerenciado pelo crime organizado no meio da selva
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Imagens registradas pelo Google Earth Pro apontam que em 13 dias houve um aumento de 20% na área de garimpo na Terra Indígena Sete de Setembro.| Foto: Reprodução/Google Earth Pro
Por Aline Rechmann / Da Gazeta do Povo
Há pouco mais de um mês, indígenas da etnia Paiter Surui, que vivem na divisa dos estados de Rondônia e Mato Grosso, começaram a notar que as águas de riachos e afluentes próximos a uma de suas aldeias na Terra Indígena Sete de Setembro tiveram uma ligeira mudança na cor e sabor. Pequenas vias de terra batida também surgiram na mata, assim como rastros da passagem de máquinas pesadas. A ação de garimpeiros na região não era totalmente novidade, mas alguns indígenas que se embrenharam na selva viram algo com o que não estavam acostumados: criminosos armados de fuzis e armas longas.
Ou seja, o novo garimpo de ouro é administrado por uma facção criminosa, segundo o líder indígena do território, cacique Almir Suruí. Habitantes da região suspeitam que os criminosos são ligados ao Primeiro Comando da Capital (PCC). A reportagem vem questionando a Polícia Federal desde o último dia 7 sobre a facção e o garimpo, mas não obteve resposta.
A ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, esteve na aldeia em junho e foi informada do problema do garimpo. A pasta disse à reportagem que “acompanha o caso de perto”, mas não deu informações sobre medidas concretas.
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