Ex-chefes de Estado pedem a Lula condenação da fraude de Maduro

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Ex-chefes de Estado pedem a Lula condenação da fraude de Maduro

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Oposição critica aceno de Lula a Maduro após eleições na Venezuela: “Amigo do peito”

Grupo IDEA divulgou uma carta pedindo uma posição mais clara de Lula em defesa da democracia| Foto: Andre Borges/EFE.

Por John Lucas | Gazeta do Povo

O grupo Iniciativa Democrática da Espanha e das Américas (IDEA) divulgou uma carta nesta segunda-feira (5), assinada por 30 ex-chefes de Estado e de Governo, pedindo ao presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que adote uma postura mais clara e firme em defesa da democracia, condenando abertamente a fraude eleitoral perpetrada por Nicolás Maduro na Venezuela.

“Exortamos a Luiz Inácio Lula da Silva, Presidente da República Federativa do Brasil, a reafirmar seu inquestionável compromisso com a democracia e a liberdade, as mesmas de que gozam seu povo, e a fazê-la prevalecer também na Venezuela”, diz um trecho do documento.

Na carta, os signatários criticam duramente a perpetuação de Maduro no poder, acusando-o de usurpar a soberania popular em conluio com os poderes do Estado, que “estão sob seu controle e a seu serviço”. Essa situação, conforme expresso na carta, revela um desprezo de Maduro “pela verdade eleitoral”, com o objetivo de manter-se no poder por meio de uma “política repressiva e de violação sistemática dos direitos humanos dos venezuelanos”.

A mensagem dos ex-chefes de Estado enfatiza que a situação na Venezuela é “um escândalo de conhecimento geral entre os governos americanos e europeus”. Eles alertam que aceitar esse precedente pode comprometer “mortalmente” os esforços feitos nas Américas para defender a democracia, o Estado de direito e os direitos humanos.

No documento, os líderes pedem para que o presidente se posicione a favor dos venezuelanos que resistem pacificamente contra o regime de Maduro.

Além disso, o texto menciona que os venezuelanos têm o direito de realizar uma transição democrática e cita a líder de oposição María Corina Machado como uma das principais figuras na luta por essa mudança, junto com Edmundo González Urrutia, que, segundo os relatórios eleitorais divulgados pela oposição, foi o verdadeiro vencedor da eleição.

“Não exigimos nada diferente do que o próprio presidente Lula da Silva preserva em seu país. Esta mensagem que estamos enviando, em essência, nos coloca como porta-vozes dos sentimentos da maioria decisiva dos venezuelanos que hoje veem seus compatriotas, que lutaram ao seu lado, sofrendo prisões, torturas, desaparecimentos e até mesmo a perda da vida. Eles estão protestando em defesa de seu voto, estão resistindo pacificamente, guiados por María Corina Machado e por quem, como demonstram os relatórios eleitorais que são de conhecimento público e foram coletados pelas testemunhas na seção eleitoral, foi eleito presidente, Edmundo González Urrutia. A Venezuela tem o direito de fazer uma transição para a democracia”, conclui o texto.

A carta foi assinada por:

Mario Abdo,do Paraguai.

Óscar Arias S., da Costa Rica.

José María Aznar, da Espanha.

Nicolás Ardito Barletta, do Panamá.

Felipe Calderón, do México.

Rafael Ángel Calderón, da Costa Rica.

Laura Chinchilla, da Costa Rica.

Alfredo Cristiani, de El Salvador.

Iván Duque M., da Colômbia.

José María Figueres, da Costa Rica.

Vicente Fox, do México.

Federico Franco, do Paraguai.

Eduardo Frei Ruiz-Tagle, do Chile.

Osvaldo Hurtado, do Equador.

Luis Alberto Lacalle H., do Uruguai.

Guillermo Lasso, do Equador.

Mauricio Macri, da Argentina

Jamil Mahuad, do Equador.

Hipólito Mejía, da República Dominicana.

Carlos Mesa G., da Bolívia.

Lenin Moreno, do Equador.

Mireya Moscoso, do Panamá.

Andrés Pastrana, da Colômbia.

Ernesto Pérez Balladares, do Panamá.

Jorge Tuto Quiroga, da Bolívia.

Mariano Rajoy, da Espanha.

Miguel Ángel Rodríguez, da Costa Rica.

Luis Guillermo Solís R., da Costa Rica.

Álvaro Uribe V., da Colômbia.

Juan Carlos Wasmosy, do Paraguai.

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Redação Fala Aí Notícias

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