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Mais de 250 mil pessoas compareceram ao funeral do papa Francisco nesta manhã; veja como foi
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Mais de 250 mil pessoas compareceram ao funeral do papa Francisco nesta manhã; veja como foi
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Fiéis se aglomeram para acompanhar o transporte do caixão de Papa Francisco da Basílica de São Pedro para a Basílica de Santa Maria Maior (Foto: EFE)
Por Gabriel Sestrem/Gazeta do Povo
Uma multidão de fiéis, religiosos e autoridades internacionais acompanharam, na manhã deste sábado (26), a Missa de Exéquias (ou Missa de Corpo Presente) do Papa Francisco, na Praça de São Pedro. Segundo a estimativa oficial do Vaticano, 250 mil pessoas estiveram presentes na celebração.
A cerimônia, que iniciou às 5h no horário brasileiro e durou cerca de duas horas, é a primeira parte do rito do funeral do pontífice. Após a missa, o caixão seguiu em cortejo até a Basílica de Santa Maria Maior, onde o corpo do Papa será sepultado, conforme seu desejo. O papamóvel, com o corpo do pontífice chegou à basílica por volta de 8h, dando início a cerimônia de sepultamento, que não será aberta ao público.
Ainda neste sábado, às 16h, será rezado o Rosário em frente à Basílica de Santa Maria Maior. No domingo (27), o túmulo será aberto à visitação pública.
De Trump a Lula: autoridades marcam presença no funeral de Papa Francisco
Segundo informações do Vaticano, há delegações de 166 países e entidades, com cerca de 50 chefes de Estado e dez monarcas. Entre as autoridades que acompanham a cerimônia nesta manhã estão o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump; o presidente argentino, Javier Milei, e o presidente Lula (PT).
Além do petista, a comissão brasileira conta com uma série de representantes, desde lideranças dos Três Poderes até a primeira-dama Janja. A delegação inclui três ministros de Lula; o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso; o presidente do Congresso Nacional, senador Davi Alcolumbre (União-AP); o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB); e uma série de parlamentares.
O presidente francês Emmanuel Macron; o primeiro-ministro britânico Keir Starmer; o presidente dos EUA, Donald Trump; e o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky se encontram na Catedral de São Pedro antes da Missa das Exéquias (Foto: EFE)
Cardeal discursa contra guerra e brasileira lê oração em português
A Missa de Exéquias, que contou com aproximadamente 220 cardeais e 750 membros do clero, foi presidida pelo cardeal decano Giovanni Battista Re. O celebrante exaltou o legado o papa Francisco e enfatizou a posição do Papa contra guerras.
“Perante o eclodir de tantas guerras nos últimos anos, com horrores desumanos e inúmeras mortes e destruições, o Papa Francisco levantou incessantemente a sua voz implorando a paz e convidando à sensatez. A guerra, dizia ele, é apenas morte de pessoas e destruição de casas, hospitais e escolas”, declarou.
Vladimir Putin, presidente da Rússia – que em fevereiro de 2022 iniciou uma série de ataques grandes escala à Ucrânia que duram até hoje – não compareceu à celebração. Em vez disso, enviou a ministra da Cultura da Rússia, Olga Liubimova. O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, esteve presente e reuniu-se com Trump para debater o fim da guerra.
Durante a cerimônia, a brasileira Bianca Fraccalvieri, jornalista da Vatican News, fez leitura da Oração Universal, também conhecida como Oração dos Fiéis ou Preces, em português. Bianca, que coordena as redes sociais do Vaticano, conviveu de perto com Papa Francisco por muitos anos.
Cardeal Giovanni Battista Re, na missa de corpo presente do Papa Francisco (Foto: EFE)
Como será o sepultamento
O sepultamento do Papa Francisco inicia com o canto de quatro salmos e a recitação de cinco intercessões, seguido pela entoação do Pai Nosso. Após a oração final, serão impressos no caixão os selos do cardeal camerlengo, Kevin Joseph Farrell, da Prefeitura da Casa Pontifícia, do Escritório das Celebrações Litúrgicas do Sumo Pontífice e do Capítulo Liberiano. Em seguida, o caixão será depositado no túmulo e aspergido com água benta.
Na última formalidade a ser cumprida, o notário do Capítulo Liberiano redigirá o documento oficial que certifica o sepultamento e o lerá em voz alta aos presentes. O ato, então, será assinado pelo cardeal camerlengo, pelo regente da Casa Pontifícia, monsenhor Leonardo Sapienza, pelo mestre das Celebrações Litúrgicas Pontifícias, dom Diego Ravelli, e pelo próprio notário.
Papa Francisco optou por um enterro simples, em um único caixão de madeira revestido de zinco, renunciando a tradições como o uso de três caixões e a exibição em catafalco. O funeral marca o início do “Novendiali”, período de nove dias de luto e orações em honra ao papa falecido. Durante esse tempo, missas e celebrações serão realizadas, em meio à preparação para o conclave que elegerá o novo pontífice.
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